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Analisando conselhos clichês sobre escrita: “Escreva sobre o que você conhece”

Figurinha carimbada em listas de “dicas para quem quer escrever um livro”, esse é um conselho meio traiçoeiro.

O primeiro ponto é: não pode ser levado ao pé da letra. Se as pessoas só pudessem escrever sobre o que elas conhecem, como ficariam os livros de fantasia ou de ficção científica?

Mas se você escreve sobre uma experiência que você nunca viveu, nunca pesquisou, nunca conversou com alguém que passou por ela, seu leitor vai perceber que soa falso, vazio.

O principal é se perguntar: que história você e só você poderia contar? Qual é o gênero que você adora, quais são as coisas pelas quais você é apaixonado, sobre o que você poderia falar por horas e horas? É importante escrever sobre algo que você ame, porque escrever é difícil! As chances de você desistir de uma história que não te empolgue são enormes.

Escrever alguma coisa só porque você acha que vende bem também não funciona. Como Lindsay Ellis relata no vídeo “Como publicar um livro em dez anos ou menos”, ela tentou escrever um romance que achou que seria publicado super rápido por ser comercial, mas foi rejeitado. Até que ela resolveu voltar a um projeto que tinha abandonado por não achar comercial o suficiente – mas foi essa história que acabou sendo aceita por um agente literário e por uma editora (o vídeo inteiro tem 31 minutos; Isso aqui é um resumo do resumo).

Nas palavras de Neil Gaiman: “Comece a contar as histórias que só você pode contar, porque sempre vão existir escritores melhores e mais inteligentes. Sempre vão existir pessoas que são melhor nisso ou naquilo – mas você é o único você. (…) Existem escritores melhores do que eu por aí, existem escritores mais inteligentes, existem pessoas que têm tramas melhores – existem todas essas coisas, mas ninguém consegue escrever uma história do Neil Gaiman como eu consigo.”

Qual a história que você pode contar melhor do que ninguém?

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